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Defensora e indígena, Aléssia Tuxá fala sobre importância do Núcleo de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da DP-BA
Noticias
Publicado em 26/09/2024

Durante o lançamento do Núcleo de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da Defensoria Pública do Estado (DP-BA), a primeira defensora pública indígena do Brasil, Aléssia Tuxá comentou sobre a importância da criação do núcleo e de seu simbolismo, em cerimônia realizada na sede do órgão judiciário, no bairro de Sussuarana, em Salvador, na tarde desta quinta-feira (26).

 

“A criação do núcleo tem o objetivo de solucionar questões étnicas dos povos indígenas do nosso estado.  A Bahia é o segundo estado do país com maior população indígena. Deste modo, se trata de uma demanda histórica e urgente, principalmente. Temos um grupo de trabalho desde 2022 e consolidamos com a criação desse novo canal. Esperamos que outras instituições do sistema de justiça brasileiro sigam nosso exemplo, pois só existe esse espaço hoje,” explica Aléssia.

 

Ela fez observações acerca do alcance da população indígena no estado. “Temos indígenas em 411 municípios baianos e Salvador é a cidade com a maior população de povos originários do estado. Há uma grande concentração na região sul do estado, onde a violência está bem presente, em função da demarcação territorial”.

 

A defensora também citou quais serão as principais ações do núcleo. “Ao longo dos anos, as principais demandas que temos são os fornecimentos de dados, subsídios para a produção de políticas públicas envolvendo saúde, defesa criminal, sobretudo em comarcas sem defensoria. Outras preocupações serão as mulheres vítimas de violência doméstica e processos coletivos. Basicamente, são nestes problemas que vamos atuar,” esclareceu.

 

MARCO TEMPORAL

Aléssia fez críticas ao Supremo Tribunal Federal pela postura frente ao Marco Temporal. “O STF continuou negociando sobre o tema depois de a principal organização de povos indígenas se retirar da mesa de negociação. Foi assustadora essa posição,” pontuou.

 

“Quando temos uma instituição como a defensoria pública, que tem a função constitucional de ser a guardiã dos direitos dos vulneráveis e, assim, fortalecer os direitos indígenas neste contexto de luta contra o marco temporal, acabamos tendo mais um canal de fortalecimento dessas vozes na luta contra essa política nefasta e ação para redução das violações de direitos decorrentes da não demarcação do território,” completou.

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