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Criptomoedas movimentam mais de R$ 200 bi no Brasil em 2024; há expectativa por maior regulação do setor
Noticias
Publicado em 04/11/2024

Na última semana (29), o Bitcoin atingiu um recorde histórico em reais, alcançando os R$ 400 mil. A valorização foi motivada pela eleição norte-americana –e pela possibilidade de uma vitória de Donald Trump, visto como mais pró-cripto pelo setor. O investimento, contudo, não é para todos e é indicado para aqueles com maior tolerância à volatilidade do mercado.

Criada em 2009, o Bitcoin é a criptomoeda mais popular do mercado de ativos. Segundo a plataforma de dados CoinMarketCap, ela ocupa 59% da capitalização do mercado de criptomoedas. A métrica considera o preço atual e a circulação do ativo no mundo.

Segundo dados da Receita Federal, divulgados em outubro, o mercado de criptomoedas movimentou R$ 248 bilhões no Brasil entre janeiro e setembro deste ano.

O Tether USDT e a USD Coin, criptomoedas indexadas ao dólar, e o Bitcoin (BTC), ativo mais popular do setor, foram os mais negociados do período. As criptos movimentaram R$ 153,7 bilhões, R$ 9,9 bilhões e R$ 35 bilhões no país, respectivamente.

Os números podem ser mais altos, porque pessoas com menos de R$ 5.000 em criptos, segundo a legislação, não são obrigadas a informá-las ao órgão.

Hoje, existem mais de 9.000 criptomoedas em circulação no mundo. Em seguida ao Bitcoin, de acordo com informações da CoinMarketCap, a segunda moeda com maior circulação é a Ethereum, que representa 13% do mercado. Binance Coin (BNB), Tether, Solana, entre outras, somam, juntas, 28% do mercado.

Especialistas do setor afirmam que não há um perfil específico de investidor para o qual as criptos são recomendadas. Eles identificam uma mudança nos últimos anos.

"No passado, era algo que despertava interesse de quem estava ligado à tecnologia. Hoje, é encarado como um ativo que pode compor uma carteira diversificada. É um debate sobre 'o quanto' alocar e não 'se'. Pode-se começar com 3% e evoluir para 10%, por exemplo, pensando no horizonte de longo prazo", diz Fabricio Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin.

Para Juliana Inhasz, professora de economia do Insper, a pessoa que quer investir em cripto precisa ter uma maior aceitação à renda variável. Aplicar em ETFs (fundos negociados em Bolsa) pode ser uma opção mais aceitável a esse público, afirma.

"A grande vantagem dos ETFs é comprar uma cesta de moedas. Você não precisa apostar em um só produto. Isso permite equilibrar os impactos de uma aplicação com os ganhos de outra", diz.

Ela, contudo, destaca que o investimento exige um cuidado com o gestor do fundo. "Um profissional com conhecimento do mercado confere um retorno esperado maior e evita problemas."

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