Um monitor de ressocialização prisional do Conjunto Penal de Juazeiro, na região Norte da Bahia, reclamou da administração feita pela atual gestão da unidade. De acordo com o profissional, que preferiu não ser identificado por medo de represálias, os monitores estão sendo obrigados a executar atividades que não são de responsabilidade da categoria.
“Venho através deste portal fazer um pedido de socorro pelos órgãos competentes, tais como Ministério do Trabalho, sobre a situação dos Monitores de ressocialização prisional do Conjunto Penal de Juazeiro-Ba. Hoje a unidade é comandada pelo Policial Penal, Diretor Archimedes, e pela nova gerência. Eles determinaram que os monitores devem realizar o procedimento de trancamento dos pavilhões. Antes, só realizamos a trança, que também não era a nossa função, já é um risco. Hoje, além de trancar, ainda temos que tirar os internos de cela em cela para verificar a estrutura da cela e se não houve avaria. Além disso, esse procedimento na maioria das vezes é feito somente por nós, monitores, sem nenhum apoio da Polícia Penal”, relata.
O profissional também aponta outras irregularidades e descumprimento de direitos trabalhistas que estariam ocorrendo no CNPJ.
“Também tem a questão do nosso descanso de 1h. Antes podíamos tirar esse descanso em camas disponíveis para os profissionais. Mas fizeram questão de tirar as camas, sendo que trabalhamos 12h, o que dá o direito de 1h. Sem falar que estão pedindo a todos os funcionários que refaçam o livro de ponto da forma que eles querem e não no horário real em que o funcionário chega e sai. Temos que mentir os horários. Se chegamos cedo ou saímos tarde, não podemos colocar os horários para a empresa não ter que pagar horas extras. Além disso, a folha de ponto que deveria ser digital é manuscrita”, acrescenta.