Um decreto assinado por Donald Trump nesta segunda, 20, adiou em 75 dias o bloqueio do TikTok nos Estados Unidos. Na prática, o Departamento de Justiça do país não poderá adotar ações legais ou penalizar a empresa no período. A medida também protege as empresas que prestam serviço, trabalham junto ou mesmo disponibilizam o download do aplicativo. A ByteDance, empresa dona do TikTok não se manifestou sobre a decisão.
O texto argumenta que a revogação dará ao novo governo tempo “para buscar uma resolução que proteja a segurança nacional enquanto salva uma plataforma usada por 170 milhões de americanos”.
Trump aproveitou a ocasião para mandar dois recados: ele sugeriu que o governo dos EUA tenha parte do negócio em troca da manutenção da atividade da rede social e ameaçou impor tarifas à China se a venda do TikTok falhar.
Sobre a declaração de que os EUA deveriam ter uma parte da empresa, Trump disse que “poderia ver” o governo tomar participação de 50% no TikTok, e assim fiscalizar o app. “Não há valor [para venda], então se criarmos esse valor, por que não temos direito a metade?”, disse.
O vai e vem do aplicativo começou na sexta, 17, quando a Suprema Corte do país manteve a lei sancionada por Biden em abril que excluía o app do país caso não fosse vendido para um agente não chinês. Com o prazo vencido, o app foi bloqueado no domingo, 19 - abrisse o app era avisado de que a plataforma tinha saído do ar. No dia seguinte, Trump avisou que tinha planos para “salvar o TikTok”, e poucas horas depois a empresa restaurou o serviço e agradeceu o presidente. Ao todo foram 48 horas de manobras que deixaram os milhões de usuários americanos sem resposta sobre o futuro do aplicativo.