O uso da inteligência artificial para criar imagens inspiradas nas animações do Studio Ghibli tem ganhado destaque nas redes sociais. A tendência viralizou depois que internautas passaram a compartilhar ilustrações geradas por IA que imitam o estilo característico do estúdio japonês, famoso por clássicos como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro.
Apesar do sucesso, a prática divide opiniões. Enquanto alguns entusiastas veem a tecnologia como uma forma de homenagear e democratizar a arte, outros argumentam que o uso de IA para replicar estéticas artísticas levanta questões éticas, principalmente sobre direitos autorais e a valorização do trabalho humano.
O debate se intensifica ao lembrar que Hayao Miyazaki, um dos fundadores do Studio Ghibli, já expressou opiniões contrárias ao uso de IA em animações. Anos atrás, ao ser apresentado a um projeto que usava inteligência artificial para criar movimentos, Miyazaki classificou a tecnologia como "desrespeitosa à vida" e afirmou que jamais a utilizaria em suas obras.
Para especialistas, a tendência evidencia a expansão do uso da IA na arte e a necessidade de discutir seus impactos na indústria criativa. Enquanto isso, o público segue dividindo-se entre a admiração pelas imagens geradas e a preocupação com o futuro dos artistas humanos.
Foto: Internet. Reportagem: Sandro Costa e Lucas Hollanda.