Israel bombardeou mais de 100 alvos no Irã nesta sexta-feira, os alvos foram bases militares, nucleares e a capital iraniana Teerã.
Dois importantes chefes militares da República Islâmica foram mortos – o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e do comandante do Estado-Maior, Mohamed Bagheri.
Para o governo israelense, esta era uma oportunidade para deter o desenvolvimento do programa nuclear do país rival com menor risco de retaliação coordenada por Teerã e pelas milícias apoiadas pelo regime no Oriente Médio.
Nos últimos meses, todos os principais aliados dos iranianos na região sofreram derrotas sucessivas em confrontos com Israel — que contou com o apoio, inclusive militar, das principais potências ocidentais em suas guerras.
Esses aliados eram considerados chave para pressionar Israel e agir como primeira linha de frente na defesa do Irã
O Irã afirmou que os ataques de Israel são uma “declaração de guerra”. O país pediu medidas urgentes ao Conselho de Segurança da ONU.
A avaliação dos bombardeios foi feita em uma carta dirigida às Nações Unidas, assinada pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi. No documento, ele pede “ao Conselho de Segurança que aborde o tema de maneira imediata”.
O Exército do Irã também já se pronunciou sobre o episódio e afirmou que “não terá limites” em sua resposta a Israel.
“Agora que o regime terrorista que ocupa Al Quds (Jerusalém) cruzou todas as linhas vermelhas, não há limites na resposta a este crime”, afirmou o Estado-Maior do Exército em um comunicado.
O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, advertiu que “o regime sionista impôs a si mesmo um destino amargo e doloroso”.
“As Forças Armadas certamente vão responder a este ataque sionista”, declarou Abolfazl Shekarchi, porta-voz do Estado-Maior iraniano. “O mundo agora entende melhor a insistência do Irã em seu direito de enriquecer urânio, à tecnologia nuclear e ao poder dos mísseis”, afirmou a República Islâmica.
As declarações indicam uma escalada das tensões na região.
Khamenei já informou ter nomeado um novo comandante do Estado-Maior e um chefe para a Guarda Revolucionária. Os escolhidos ainda não foram anunciados oficialmente.