A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo de Donald Trump foi recebida com preocupação pelo setor produtivo brasileiro. Algumas entidades afirmam que a medida inviabiliza exportações e advertem sobre os riscos para a economia brasileira.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou não haver fato econômico que justifique a medida dos Estados Unidos. A entidade pede a intensificação das negociações para preservar a relação com um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também manifestou preocupação sobre a decisão de Trump. Em nota, a frente destacou que a medida representa um alerta às relações comerciais e políticas entre os dois países e afeta o agronegócio brasileiro.
“A nova alíquota produz reflexos diretos e atinge o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”, declarou a frente, que representa a bancada ruralista no Congresso.
A REDEGN fez contato com Abrafrutas - Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados em busca de informações para compreender quais os impactos na região norte da Bahia e Vale do São Francisco e aguarda resposta. 90% da manga e 98% da uva exportadas pelo Brasil saem do Vale do São Francisco.
"Os técnicos estão avaliando a situação e assim que obter o resultado enviarão informações", disse a assessoria da Abrafrutas, em Brasilia.
Na carta enviada ao presidente Lula, Trump afirmou que a medida é uma resposta às tarifas e barreiras comerciais impostas pelo Brasil, classificadas por ele como “injustas”.
O ex-presidente americano também disse que o comércio com o Brasil gerava um déficit insustentável para os EUA, o que colocaria em risco a economia e a segurança nacional.
Redegn com informações Agencia Brasil Foto arquivo