O poeta, editor e cientista social João Gilberto Guimarães Sobrinho foi oficialmente convidado para representar a cidade de Juazeiro, Bahia, na Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), que acontece anualmente em Salvador e é hoje um dos mais relevantes eventos literários do estado da Bahia e do Brasil. A participação do autor está marcada para o dia 09 de agosto, às 20h, na Fundação Casa de Jorge Amado, espaço simbólico e de referência para a cultura literária baiana.
A presença de João Gilberto na FLIPELÔ marca mais uma conquista para a literatura produzida no interior do estado, especialmente no Vale do São Francisco, região onde o autor desenvolve, há décadas, uma intensa e dedicada atuação cultural e literária. Durante sua participação, ele fará o lançamento da quarta edição de seu livro de estreia, Quebranto — obra que ganhou projeção por sua força poética e foi adaptada para o teatro, conquistando diversos prêmios, entre eles o Prêmio Respirarte, concedido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Ao comentar sobre o convite, o poeta destacou a relevância simbólica e cultural da sua presença no evento: “Este é um convite muito importante, pois é uma valorização da literatura que produzimos aqui no Vale do São Francisco. É uma honra levar mais uma vez o meu trabalho para a capital do estado.”
Além de sua produção autoral, João Gilberto é reconhecido como fundador e coordenador do CLAE – Círculo Literário Analítico Experimental, uma organização literária criada com o propósito de difundir, fortalecer e registrar a literatura do Vale do São Francisco. O CLAE já publicou mais de 60 livros de autores da região e de outros estados do Brasil e promove eventos de grande repercussão, como a FLIJUA – Festa Literária de Juazeiro e o ENCLAE – Encontro Nacional do CLAE, consolidando-se como um importante centro de produção, análise e experimentação da palavra escrita no semiárido nordestino.
A trajetória de João Gilberto Guimarães é marcada pelo compromisso com a poesia como instrumento de crítica e encantamento, mas também com o acesso democrático à literatura. Seu trabalho reúne o rigor da linguagem com a abertura à diversidade de vozes e experiências da região ribeirinha, transitando entre a arte, a educação e a política cultural.
A participação do autor na FLIPELÔ representa, portanto, mais do que uma conquista pessoal — é o reconhecimento da vitalidade de uma literatura que pulsa nas margens do São Francisco, que se organiza coletivamente, que forma leitores e escritores, e que agora ecoa em um dos maiores palcos literários da Bahia.
ASCOM CLAE