O sol escaldante, a baixa umidade, provocam uma situação preocupante para os sertanejos. Os últimos dias as altas temperaturas mais uma vez chamam a atenção dos juazeirenses e petrolinenses. As temperaturas que ultrapassam facilmente os 35°C, sensação térmica muito mais alta, acompanhadas de umidade relativa do ar entre 15% e 20%, muito abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são motivos de preocupação principalmente para quem tem em casa crianças e idosos.
No mês de maio a REDEGN destacou-Veja Aqui-Aumenta o número de atendimentos por síndromes gripais na rede pública de Juazeiro e Petrolina. Questionados pela REDEGN, profissionais do setor de saúde de Juazeiro e Petrolina confirmam que o número de atendimentos por síndromes gripais na rede pública de saúde aumentou nos últimos dias, contudo ouvido pela REDEGN uma fonte "considerou a situação normal".
A infectologista Marina Salgado explica que a combinação de seca e calor impacta diretamente a saúde respiratória da população. "Os fatores ambientais afetam a qualidade do ar e reduzem a capacidade do corpo de se defender contra agentes agressores. A baixa umidade, a fuligem, a poeira, o aumento das queimadas e as altas temperaturas deixam as vias respiratórias mais vulneráveis", afirma. Segundo ela, é justamente neste período do ano que as internações por doenças respiratórias tendem a aumentar, especialmente nos meses mais secos
Para reduzir os riscos e evitar que as doenças respiratórias evoluam para quadros mais graves, a Secretaria de Saúde do DF recomenda uma série de medidas preventivas. Entre as mais importantes, estão a vacinação anual contra a influenza, considerada a intervenção mais eficaz para prevenir casos graves e mortes, e a intensificação da vacinação contra a covid-19.
Pediatras reforçam que cuidados simples do dia a dia também ajudam a proteger a saúde durante o período de seca. "Beber bastante água ao longo do dia, usar soro fisiológico no nariz para manter as vias respiratórias úmidas e evitar aglomerações em locais fechados ajudam bastante. Manter os ambientes limpos e ventilados, reduzir poeira e mofo, e usar umidificadores ou até bacias de água nos cômodos contribuem para aliviar os efeitos do ar seco. E, claro, a higienização das mãos continua sendo uma das medidas mais eficazes para evitar infecções".
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