https://public-rf-upload.minhawebradio.net/248052/slider/d6ef89ed4e8cbb09103986f9a4ad28b0.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/248052/slider/af5c0edaa5cd6e160a1efe364e7b8171.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/248052/slider/2f10f191e0c1bd2035b8a290b951eed4.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/248052/slider/d7d616ea701d77ee6e310a4fa848c301.jpg
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/248052/slider/07a8d7eb44bfd65be354aa42808dde6d.jpg
Ana Maria Gonçalves toma posse hoje na Academia Brasileira de Letras
É a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição
Radioagência Nacional - Por Carolina Pessôa
Publicado em 07/11/2025 15:20
Noticias
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ana Maria Gonçalves é a primeira mulher negra a integrar a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela vai ocupar a cadeira número 33, que foi do gramático Evanildo Bechara. A posse ocorre nesta sexta-feira (7), às 20h, na sede da instituição.

A nova acadêmica será recepcionada pela historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz. O colar será entregue pela escritora Ana Maria Machado, e o diploma, pelo cantor e compositor Gilberto Gil.

Ana Maria Gonçalves é consagrada especialmente pela obra "Um Defeito de Cor", já considerada um clássico da literatura brasileira. O livro narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. O texto aborda com profundidade temas como escravidão, racismo, ancestralidade e resistência.

A autora destacou, em entrevista do programa Trilha de Letras, da TV Brasil, há dois anos, que com tem como objetivo se tornar uma escritora universal.

“Quero lutar para que a minha a literatura que eu faço seja considerada uma literatura universal, né? Para dentro da academia, para estudos, ela cabe, mas politicamente aqui fora, né? O tema que eu faço não é um tema voltado para um determinado tipo de público. É voltado para muito. Eu acho que a história do Brasil, sendo contada a partir de um ponto de vista que ele nunca foi”.

A literata também falou sobre o processo de escrita desta obra.

“Foram dois anos de pesquisa, em que eu fiquei só pesquisando, realmente, lendo e tomando notas para fazer um esqueleto de um livro. Então, foram dois de pesquisa, um ano de escrita e depois mais dois de reescrita”.

Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, em Minas Gerais, em 1970. É sócia-fundadora da Terreiro Produções. Além de reconhecida nacionalmente, ela já publicou e ministrou cursos e palestras no exterior. Também é roteirista, dramaturga e professora.

A escritora passa a ser a mais jovem entre os imortais do atual quadro da ABL.

 

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
Comentários