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Estudantes criticam ampliação do ensino integral no Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães, em Juazeiro: “A escola não está preparada”
Por Sandro Costa
Publicado em 17/12/2025 12:44
Noticias

Estudantes do Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães, conhecido como Colégio Modelo, em Juazeiro, na região Norte da Bahia, procuraram o Portal Preto no Branco para criticar a ampliação das turmas de ensino integral, principalmente nos terceiros anos do ensino médio. Os relatos apontam falta de diálogo, ausência de estrutura adequada e desconsideração da realidade social dos alunos.

“O Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães tem tomado decisões que precisam ser urgentemente revistas, principalmente no que diz respeito à ampliação das turmas de ensino integral, com foco nos terceiros anos. A forma como essas mudanças estão sendo propostas ignora completamente a realidade dos alunos e as limitações estruturais da própria escola. Muitos estudantes do terceiro ano trabalham ou precisam trabalhar, seja para ajudar em casa, seja para garantir sua própria independência financeira. A implementação de turmas integrais inviabiliza essa possibilidade, forçando os alunos a escolher entre o estudo e o trabalho. Essa escolha não deveria existir, especialmente para jovens que já enfrentam tantas dificuldades sociais e econômicas”, declaram.

Os alunos também criticam a estrutura da escola, que, de acordo com os relatos, não comporta um modelo de ensino em tempo integral.

“Não há banheiros apropriados para banho, sendo que existe apenas um banheiro feminino e um masculino para todos os alunos. Isso demonstra total despreparo para exigir que os estudantes permaneçam o dia inteiro na escola, sem condições mínimas de conforto, higiene e dignidade”, acrescentam.

Outro ponto levantado pelos estudantes é a qualidade das atividades oferecidas no ensino integral.

“Outro ponto extremamente preocupante é a qualidade do ensino oferecido nessas turmas integrais. As disciplinas adicionais, que deveriam enriquecer a formação dos alunos, pouco ou nada agregam ao aprendizado. São conteúdos mal organizados, sem relevância prática ou acadêmica, que acabam apenas sobrecarregando os estudantes. Soma-se a isso a falta constante de professores: se já está difícil manter docentes nas disciplinas regulares, como a escola pretende sustentar mais de nove saberes no ensino integral?”, questionam.

Diante do cenário, os estudantes cobram que a gestão reveja a ampliação das turmas integrais e passe a ouvir quem vive a realidade da escola.

“Portanto, antes de expandir as turmas integrais, especialmente nos terceiros anos, o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães deveria repensar suas prioridades. É fundamental ouvir os alunos, investir em infraestrutura adequada, garantir professores suficientes e oferecer um currículo que realmente contribua para a formação acadêmica e pessoal dos estudantes. Sem isso, o ensino integral deixa de ser uma oportunidade e passa a ser apenas mais um problema imposto à comunidade escolar. Não aguentamos mais essa escola com tantas turmas em tempo integral”, finalizam.

Encaminhamos os relatos dos estudantes para a Secretaria de Educação do Estado e para o NTE-10 em busca de esclarecimentos.

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